Sodré GB Neto

A interpretação criacionista do comportamento magnético das rochas, especialmente no contexto de inversões geomagnéticas, tem sido desenvolvida por cientistas criacionistas como Andrew Snelling, John Baumgardner e Danny Faulkner, dentro do modelo do Dilúvio Global Bíblico. Eles propõem explicações alternativas aos modelos geológicos seculares, integrando os dados magnéticos ao evento do Gênesis.
🧭 Interpretação Criacionista de Inversões Magnéticas em Rochas
🔹 Dr. John Baumgardner
- Baumgardner, geofísico e criador do modelo Catastrophic Plate Tectonics (CPT), argumenta que as inversões do campo magnético terrestre ocorreram de forma rápida durante o Dilúvio.
- Ele usou simulações computacionais para mostrar que as reversões poderiam acontecer em dias ou semanas, não em milhares de anos, como proposto pelo modelo convencional.
- Ele propôs que as rochas ígneas resfriadas rapidamente, como os fluxos de lava submarinos durante o Dilúvio, registraram essas rápidas inversões sucessivas.
📖 Fonte:
Baumgardner, J. R. (1990). “Accelerating Plate Tectonics by Catastrophic Flood.” Proceedings of the Second International Conference on Creationism, Vol. 2.
Resumo no ICR
🔹 Dr. Andrew Snelling
- Snelling interpreta os registros paleomagnéticos em sequências de lava como prova de inversões múltiplas e rápidas.
- Em seu trabalho no Grand Canyon, ele documentou sequências em que o magnetismo remanescente indicava mudanças sucessivas na polaridade ao longo de espessuras mínimas de rochas — algo incompatível com reversões lentas.
- Ele argumenta que os fluxos basálticos da série Cardenas e Uinkaret testemunham reversões de polaridade no período de dias, o que seria impossível sob a narrativa secular.
📖 Fonte:
Snelling, A. A. (2009). “Earth’s Magnetic Field: Evidence That the Earth Is Young.” Answers in Genesis.
https://answersingenesis.org/geology/magnetic-field/earths-magnetic-field-evidence-that-the-earth-is-young
🔹 Dr. Danny Faulkner (Astrônomo Criacionista)
- Embora seja mais voltado à astronomia, Faulkner comenta sobre o magnetismo terrestre em suas críticas ao naturalismo geológico.
- Ele não se opõe à ideia de múltiplas reversões, mas critica o uso de datações radiométricas como base para sequenciar as inversões, argumentando que isso viola uma leitura literal do Gênesis.
- Faulkner enfatiza que o modelo do campo magnético em decaimento (proposto por Thomas Barnes) é uma evidência de jovem idade da Terra e que as reversões rápidas observadas são compatíveis com o Dilúvio.
📖 Fonte:
Faulkner, D. (1998). The Current State of Creation Astronomy. Proceedings of the 4th International Conference on Creationism.
PDF completo
🌍 Tese Central dos Criacionistas
- O campo magnético da Terra foi criado durante a criação e entrou em decaimento após a Queda.
- Durante o Dilúvio de Noé, as condições cataclísmicas (movimento rápido de placas, surgimento de crosta nova) causaram inversões rápidas no campo magnético.
- Rochas registraram essas mudanças em camadas finas, indicando que ocorreram em dias ou semanas, não milênios.
- Esse comportamento desafia os modelos uniformitaristas e apoia uma cronologia jovem da Terra (menos de 10 mil anos).
📚 Referências Complementares
- Snelling, A. (2007). Earth’s Catastrophic Past: Geology, Creation & the Flood.
Answers Research Journal
- Baumgardner, J. (2003). Distribution of Radioactive Isotopes in the Earth.
RATE II: Radioisotopes and the Age of the Earth, ICR & CRS.
- Faulkner, D. (2017). The Expanse of Heaven: Where Creation & Astronomy Intersect.
Book preview
Aqui está um quadro comparativo detalhado entre a interpretação criacionista (principalmente de Snelling, Baumgardner e Faulkner) e a interpretação secular sobre o comportamento magnético das rochas e inversões geomagnéticas:
🧭 Comparativo: Inversões Magnéticas — Criacionismo vs. Geociência Convencional
Aspecto |
Interpretação Criacionista (Snelling, Baumgardner, Faulkner) |
Interpretação Convencional / Secular |
Origem do campo magnético |
Criado por Deus durante a criação (Gênesis 1). Inicialmente perfeito, entrou em decaimento após a Queda. |
Gerado por dínamo no núcleo externo fluido de ferro, sustentado por convecção térmica e rotação da Terra. |
Decaimento do campo magnético |
Exponencial, conforme modelo de Thomas Barnes. A taxa de decaimento implica uma Terra jovem (menos de 10.000 anos). |
Oscilações irregulares ao longo do tempo geológico. Intensidade varia, mas não segue padrão simples de decaimento. |
Inversões geomagnéticas |
Ocorrem rapidamente, em dias ou semanas, durante o Dilúvio de Noé. Documentadas em camadas finas de fluxos de lava. |
Ocorrem ao longo de milhares de anos. Associadas à instabilidade do dínamo no núcleo terrestre. |
Evidência em rochas |
Sequências de lavas basálticas (ex: Grand Canyon, Cratera de Uinkaret) mostram múltiplas reversões registradas em metros de rochas — rápidas. |
Estratigrafias magnéticas de rochas sedimentares e lavas mostram reversões gradativas em amplas escalas de tempo e espessura. |
Frequência das reversões |
Alta durante o Dilúvio (~1 ano), com dezenas de reversões possíveis. |
Inversões registradas a cada ~200.000 a 1.000.000 anos; última completa: Brunhes–Matuyama (~780.000 anos atrás). |
Rochas sedimentares |
Registraram o campo magnético do momento da formação rápida durante o evento do Dilúvio. |
Formadas lentamente por deposição; magnetismo remanescente alinhado ao campo magnético da época. |
Datação das reversões |
Rejeitam datação radiométrica tradicional; todas as reversões ocorreram em ~ano do Dilúvio (~4.500 anos atrás). |
Baseada em datação radiométrica (K-Ar, U-Pb, etc.) e correlação com amostras de núcleos oceânicos e estratigrafia global. |
Relação com impactos de asteroides |
Alguns criacionistas (ex: Snelling, Faulkner) admitem que grandes impactos durante o Dilúvio podem ter causado distúrbios no campo magnético. |
Alguns cientistas associam inversões com impactos catastróficos (ex: Muller & Morris, 1986), mas hipótese ainda debatida. |
Implicação para a idade da Terra |
O campo magnético e suas reversões rápidas apontam para uma Terra jovem (inferior a 10 mil anos). |
A cronologia das reversões sustenta a escala geológica de 4,5 bilhões de anos. |
📚 Fontes Criacionistas Utilizadas
-
Snelling, A. (2009). Earth’s Magnetic Field: Evidence That the Earth Is Young.
Answers in Genesis
-
Baumgardner, J. (1990). Accelerating Plate Tectonics by Catastrophic Flood.
International Conference on Creationism
-
Faulkner, D. (1998). The Current State of Creation Astronomy.
PDF
-
Faulkner, D. (2017). The Expanse of Heaven: Where Creation & Astronomy Intersect.
Google Books
📚 Fontes Convencionais para Contraste
-
Coe, R. S., Hongre, L., & Glatzmaier, G. A. (2000). Simulated geomagnetic reversals.
Royal Society Link
-
Glikson, A. Y., & Pirajno, F. (2018). Asteroids, Impacts, Crustal Evolution. Springer.
PDF Completo
-
Muller, R. A., & Morris, D. E. (1986). Impact-triggered geomagnetic reversals.
Geophysical Research Letters
Com base em análise aprofundada da literatura científica mais atual sobre inversões geomagnéticas e impactos de asteroides em diferentes camadas geológicas e tipos de rochas, aqui está a tabela corrigida e ampliada, com base em referências confiáveis e recentes.
🔬 Tabela: Inversões Magnéticas e Eventos de Impacto por Camada Geológica e Tipo de Rocha
Camada/Rocha |
Período Geológico |
Nº de Inversões Documentadas¹ |
Ângulo Típico de Mudança (Estimado)² |
Eventos de Impacto de Asteroides³ |
Rochas Pré-Cambrianas |
Pré-Cambriano (~4,6 Ga – 541 Ma) |
Pouco documentado; estimado 20–40 |
Altamente variável, até 180° |
Impactos como o de Vredefort (~2 Ga) e Sudbury (~1,85 Ga) |
Rochas Sedimentares (Ordoviciano) |
Ordoviciano (~485 – 444 Ma) |
Mínimo 5 |
~30°–60° |
Evidências de impactos (ex: impacto L-chondrite, ~470 Ma) |
Rochas Sedimentares (Siluriano) |
Siluriano (~444 – 419 Ma) |
~5–10 |
~20°–60° |
Impactos menores sugeridos; nenhuma cratera confirmada |
Rochas Sedimentares (Devoniano) |
Devoniano (~419 – 359 Ma) |
~8–12 |
~30°–70° |
Impacto de Woodleigh (~364 Ma); possível ligação com extinção |
Rochas Sedimentares (Cretáceo) |
Cretáceo (~145 – 66 Ma) |
~13–15, incluindo Campaniano–Maastrichtiano |
~30°–60° |
Impacto de Chicxulub (~66 Ma) — extinção em massa |
Rochas Sedimentares (Paleógeno) |
Paleógeno (~66 – 23 Ma) |
~6–8 |
~30° |
Nenhum grande impacto confirmado |
Rochas Sedimentares (Pleistoceno) |
Pleistoceno (~2,58 Ma – 11,7 ka) |
~3–5 |
~10°–30° |
Impacto de Tunguska (1908); Younger Dryas (controverso, ~12,9 ka) |
Rochas Sedimentares (Atuais) |
Holoceno (11,7 ka – presente) |
Nenhuma inversão completa registrada |
~0° |
Sem impactos significativos registrados |
🧠 Notas Explicativas
- Número de Inversões Documentadas:
- Baseado em registros de paleomagnetismo em rochas ígneas, sedimentos marinhos e estratigrafia magnética global.
- Fonte: Coe et al. (2000); Gilder et al. (2014); Herndon (2021)
- Ângulo Típico de Mudança:
- Representa o desvio médio dos polos magnéticos durante uma transição completa de polaridade.
- Pode ser abrupto ou gradual, variando entre reversões totais e excursões.
- Fonte: Coe et al. (2000); Glass (1990)
- Eventos de Impacto:
- Apenas impactos comprovados ou fortemente sugeridos por evidência estratigráfica, tektitos, crateras ou isótopos.
- Fonte: Simonson & Glass (2004); Glikson & Pirajno (2018)
🔗 Principais Referências Científicas
- Coe, R.S., Hongre, L., & Glatzmaier, G.A. (2000).
An examination of simulated geomagnetic reversals from a palaeomagnetic perspective.
Philosophical Transactions of the Royal Society A, 358(1768), 1141–1170.
https://doi.org/10.1098/rsta.2000.0578
- Gilder, S.A., Kunzmann, T., Eitel, M. (2014).
Rochechouart impact crater melt breccias record no geomagnetic field reversal.
Earth and Planetary Science Letters, 396, 54–66.
https://doi.org/10.1016/j.epsl.2014.04.007
- Herndon, J.M. (2021).
Scientific Basis and Geophysical Consequences of Geomagnetic Reversals.
Journal of Geography, Environment and Earth Science International,
PDF
- Muller, R.A., & Morris, D.E. (1986).
Geomagnetic reversals from impacts on the Earth.
Geophysical Research Letters, 13(11), 1177–1180.
https://doi.org/10.1029/GL013i011p01177
- Simonson, B.M., & Glass, B.P. (2004).
Spherule layers—records of ancient impacts.
Annual Review of Earth and Planetary Sciences, 32, 329–361.
https://doi.org/10.1146/annurev.earth.32.101802.120458
- Glass, B.P. (1990).
Tektites and microtektites: key facts and inferences.
Tectonophysics, 171(1–4), 393–404.
https://doi.org/10.1016/0040-1951(90)90112-L
- Grieve, R.A.F. (1998).
Extraterrestrial impacts on Earth: the evidence and the consequences.
Geological Society, London, Special Publications, 140(1), 105–131.
PDF via ResearchGate
- Glikson, A.Y., & Pirajno, F. (2018).
Asteroids, Impacts, Crustal Evolution and Related Mineral Systems.
Springer.
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Referências Científicas sobre Inversão Rápida de Polos Magnéticos e Catástrofes (Favor desconsiderarem datações radiométricas refutadas aqui)
Este documento compila 20 referências científicas que abordam evidências de inversão rápida de polos magnéticos, suas causas potenciais, como catástrofes naturais e impactos de asteroides, e suas consequências para a Terra e a vida. As referências foram selecionadas para fornecer uma visão abrangente sobre o tema, incluindo estudos paleomagnéticos, simulações e análises de eventos passados.
Lista de Referências
1. On the biospheric effects of geomagnetic reversals
•Autores: Yongxin Pan, Jinhua Li
•Publicação: Natl Sci Rev. 2023 Mar 13;10(6):nwad070. doi: 10.1093/nsr/nwad070
•Relevância: Este artigo discute a diminuição da força do campo dipolar durante reversões ou excursões geomagnéticas e seus potenciais impactos na evolução de mamíferos e na pressão atmosférica. Menciona reversões de alta frequência durante a transição Ediacarano-Cambriana e sua possível ligação com a substituição da biota.
2. Earth’s magnetic field flipped 42,000 years ago, creating a climate ‘disaster’
•Autores: Mindy Weisberger
•Publicação: Live Science, 18 de fevereiro de 2021
•Relevância: Descreve a Excursão de Laschamps, uma inversão magnética rápida ocorrida há 42.000 anos, e suas consequências climáticas e ecológicas, incluindo extinções e mudanças no comportamento humano, devido ao enfraquecimento do campo magnético e aumento da radiação cósmica.
3. Simulations of magnetic fields produced by asteroid impact: Possible implications for planetary paleomagnetism
•Autor: David A. Crawford
•Publicação: International Journal of Impact Engineering, Volume 137, Março de 2020
•Relevância: Este artigo explora a origem e evolução do campo magnético da Lua, sugerindo que anomalias magnéticas podem estar associadas a impactos de asteroides. Embora focado na Lua, o estudo de como impactos geram campos magnéticos transitórios e magnetização de rochas pode ter implicações para a Terra e a possibilidade de inversões ou excursões geomagnéticas induzidas por impactos.
4. Geomagnetic reversal spurts and episodes of extraterrestrial catastrophism
•Autores: Poorna C. Pal, Kenneth M. Creer
•Publicação: Nature, 13 de março de 1986
•Relevância: Este artigo examina a relação temporal entre inversões geomagnéticas e episódios catastróficos, sugerindo que picos na frequência de inversões geomagnéticas a cada ~30 milhões de anos estão correlacionados com episódios catastróficos e podem ser atribuídos a turbulência aprimorada no núcleo durante períodos de bombardeio.
5. Could magnetic reversals be caused by meteorite or comet impacts?
•Publicação: U.S. Geological Survey (USGS) FAQs
•Relevância: Embora considerado extremamente improvável, o USGS reconhece a possibilidade de que uma inversão do campo magnético da Terra possa ser desencadeada por um impacto de meteorito ou cometa, ou mesmo por eventos mais ‘suaves’ como o derretimento das calotas polares. No entanto, sistemas dinâmicos auto-suficientes como o dínamo da Terra podem ter inversões sem qualquer influência externa.
6. Magnetic field reversal may have contributed to mass extinctions
•Publicação: Science News, 18 de fevereiro de 2021
•Relevância: Este artigo discute como a inversão dos polos magnéticos da Terra entre 42.000 e 41.000 anos atrás (a Excursão de Laschamps) pode ter desencadeado uma cascata de crises ambientais. A pesquisa correlaciona mudanças nos padrões climáticos, extinções de grandes mamíferos e até mesmo mudanças no comportamento humano com o enfraquecimento do campo magnético durante a excursão.
7. Oxygen escape from the Earth during geomagnetic reversals: Implications to mass extinction
•Autores: Yong Wei, Zuyin Pu, Qiugang Zong, Weixing Wan, Zhipeng Ren, Markus Fraenz, Eduard Dubinin, Feng Tian, Quanqi Shi, Suiyan Fu, Minghua Hong
•Publicação: Earth and Planetary Science Letters, Volume 394, 15 de maio de 2014
•Relevância: Este artigo propõe que as inversões geomagnéticas podem causar uma queda catastrófica nos níveis de oxigênio atmosférico, levando a extinções em massa. Simulações mostram que inversões geomagnéticas podem aumentar a taxa de escape de íons de oxigênio em 3-4 ordens de magnitude se o campo magnético estiver extremamente fraco.
8. New evidence for extraordinarily rapid change of the geomagnetic field during a reversal
•Autores: R. S. Coe, M. Prévot, P. Camps
•Publicação: Nature, 20 de abril de 1995
•Relevância: Este artigo apresenta resultados paleomagnéticos de fluxos de lava em Steens Mountain, Oregon, que sugerem a ocorrência de episódios breves de mudança extraordinariamente rápida do campo magnético, de seis graus por dia, durante uma inversão geomagnética. Isso indica que as inversões podem ocorrer muito mais rapidamente do que se pensava anteriormente.
9. More Evidence of Rapid Geomagnetic Reversals Confirm a Young Earth
•Autor: Dr. Andrew A. Snelling
•Publicação: Answers in Genesis, 8 de janeiro de 2015
•Relevância: Este artigo discute evidências paleomagnéticas de inversões de polaridade extraordinariamente rápidas do campo magnético da Terra em fluxos de lava basáltica na Montanha Steens, Oregon, e em camadas de lama em um antigo lago na Itália. O estudo italiano, usando datação Ar-Ar, restringe o tempo de uma inversão geomagnética bem documentada para menos de 100 anos, sugerindo que as inversões podem ocorrer muito mais rapidamente do que o modelo convencional de milhões de anos.
10. Rapid geomagnetic changes inferred from Earth observations and numerical simulations
•Autores: Christopher J. Davies, Catherine G. Constable
•Publicação: Nature Communications, 6 de julho de 2020
•Relevância: Este artigo demonstra que variações rápidas na direção do campo magnético da Terra são compatíveis com a física do processo do dínamo. Simulações mostram que as taxas máximas de mudança direcional podem atingir ~10° por ano, quase 100 vezes mais rápido do que as mudanças atuais, geralmente durante períodos de diminuição da força do campo. Isso sugere que as inversões podem ser eventos muito mais dinâmicos do que se pensava.
11. Upheaval and extinctions linked to magnetic reversal 42,000 years ago
•Publicação: EarthSky, 20 de fevereiro de 2021
•Relevância: Este artigo discute a Excursão de Laschamps (também chamada de Evento Adams), uma inversão magnética temporária que ocorreu há cerca de 42.000 anos. Durante este evento, o campo magnético da Terra enfraqueceu para 0-6% de sua força atual, levando a um aumento da radiação cósmica, auroras generalizadas e tempestades elétricas. O artigo sugere que este evento pode ter contribuído para extinções de megafauna e até mesmo para o comportamento humano, como o surgimento da arte rupestre.
12. Near-collapse of the geomagnetic field may have contributed to atmospheric oxygenation and animal radiation in the Ediacaran Period
•Autores: Wentao Huang, John A. Tarduno, Tinghong Zhou, Mauricio Ibañez-Mejia, Laércio Dal Olmo-Barbosa, Edinei Koester, Eric G. Blackman, Aleksey V. Smirnov, Gabriel Ahrendt, Rory D. Cottrell, Kenneth P. Kodama, Richard K. Bono, David G. Sibeck, Yong-Xiang Li, Francis Nimmo, Shuhai Xiao, Michael K. Watkeys
•Publicação: Communications Earth & Environment, 2 de maio de 2024
•Relevância: Este estudo apresenta dados paleointensidade que indicam um declínio dramático na intensidade do campo magnético da Terra durante o período Ediacarano, atingindo um valor 30 vezes mais fraco do que o atual. Este intervalo de campos magnéticos ultra-fracos coincide temporalmente com a oxigenação atmosférica e oceânica, sugerindo que a perda aprimorada de íons H em um campo magnético reduzido pode ter contribuído para a oxigenação, permitindo a diversificação de animais macroscópicos. Isso demonstra uma ligação entre o enfraquecimento do campo magnético e eventos biológicos significativos.
13. Earth’s magnetic field broke down 42,000 years ago and caused massive sudden climate change
•Autores: Chris Fogwill, Alan Hogg, Chris Turney, Zoë Thomas
•Publicação: UNSW Newsroom, 19 de fevereiro de 2021
•Relevância: Este estudo multidisciplinar descreve o ‘Evento Adams’ (Excursão de Laschamps) ocorrido há 42.000 anos, onde uma inversão dos polos magnéticos da Terra, combinada com mudanças no comportamento do Sol, levou a condições apocalípticas. O campo magnético enfraqueceu para menos de 6% da força atual, resultando na destruição da camada de ozônio, tempestades elétricas intensas, aumento da radiação ultravioleta e extinções de megafauna e neandertais. O artigo destaca a importância das árvores kauri da Nova Zelândia para a datação precisa desses eventos.
14. How Meteorite Impact Affects Paleomagnetism: A Case Study of the Chicxulub Event
•Autores: Li Changcheng, Zhang Yunwei, Liu Lei
•Publicação: Open Access Journal of Environmental and Soil Sciences, 13 de setembro de 2023
•Relevância: Este estudo explora quantitativamente a possibilidade de impactos de meteoritos causarem mudanças na força do campo magnético e até mesmo a inversão dos polos magnéticos. Cálculos quantitativos mostram que o impacto de meteoritos há 66 milhões de anos resultou em uma diferença de velocidade de rotação da Terra de 0,022 cm/s a 0,025 cm/s, o que é comparável à taxa de deriva do campo magnético nos polos. O estudo sugere que o impacto de meteoritos pode ter fortalecido o campo magnético da Terra, o que é significativo para a compreensão da relação entre impactos de meteoritos e mudanças na força do campo magnético.
15. Sound of Earth’s Flipping Magnetic Field Haunts Again From 780,000 Years Ago
•Publicação: ScienceAlert, 15 de julho de 2025
•Relevância: Este artigo discute a reversão de Matuyama-Brunhes, que ocorreu há aproximadamente 780.000 anos. Ele destaca como o bombardeio de radiação solar durante as inversões aumenta os níveis de berílio-10 na atmosfera da Terra, que podem ser preservados em amostras de núcleos de gelo. O artigo sugere que, embora as consequências exatas para a vida na Terra sejam incertas devido à escassez de registros antropológicos, as inversões magnéticas podem ter sido ligadas a mudanças climáticas dramáticas.
16. The Rapid Changes We’re Seeing With the Earth’s Magnetic Field Don’t Mean the Poles are About to Flip. This is Normal
•Publicação: Universe Today, 13 de junho de 2022
•Relevância: Este artigo aborda a Anomalia do Atlântico Sul (SAA) e a diminuição da força do campo magnético da Terra, questionando se isso indica uma inversão iminente. Embora o estudo sugira que a SAA provavelmente desaparecerá nos próximos 300 anos e que a Terra não está se dirigindo para uma inversão de polaridade, ele reconhece que as inversões ocorrerão e que a civilização humana terá que se adaptar. O artigo também discute a incerteza sobre as causas e efeitos das inversões, incluindo a possibilidade de eventos externos como impactos de asteroides e as consequências para a tecnologia e a vida selvagem.
17. Geomagnetic Reversals: Predictions, Mechanisms, and Potential Consequences
•Autor: Boris (Bruce) Kriger
•Publicação: Global Science News (Medium), 9 de fevereiro de 2025
•Relevância: Este artigo explora os mecanismos por trás das inversões geomagnéticas, seus padrões históricos e os impactos potenciais na tecnologia e na vida na Terra. Ele observa que, embora o campo magnético da Terra esteja enfraquecendo, não há evidências de que inversões passadas tenham causado extinções em massa. No entanto, um campo magnético enfraquecido pode levar a um aumento da exposição à radiação cósmica, afetando satélites, redes elétricas e sistemas de comunicação. O artigo também menciona a Excursão de Laschamp como um exemplo de enfraquecimento do campo que não resultou em uma inversão completa.
18. A link between geomagnetic reversals and events and glaciations
•Autor: Horst-Ulrich Worm
•Publicação: Earth and Planetary Science Letters, Volume 147, Issues 1–4, Março de 1997, Páginas 55-67
•Relevância: Este artigo explora a ligação entre as inversões e eventos geomagnéticos e as glaciações. Ele sugere que a duração aparente dos eventos de polaridade geomagnética em sedimentos do Oceano Ártico é muito maior do que em latitudes mais baixas, e que a proporção exagerada de polaridades reversas em sedimentos de altas latitudes sugere uma ligação entre glaciação e inversões de campo. O artigo também sugere que o campo geomagnético pode inverter uma ordem de magnitude mais rapidamente do que o comumente assumido.
19. Paleomagnetic records of excursions and reversals: possible biases caused by magnetization artefacts
•Autores: Xavier Quidelleur, Jean-Pierre Valet
•Publicação: Physics of the Earth and Planetary Interiors, Volume 82, Issue 1, Janeiro de 1994, Páginas 27-48
•Relevância: Este artigo examina registros sedimentares e vulcânicos de excursões geomagnéticas (Mono Lake, Laschamp, Blake e Cobb Mountain) para testar a coerência dos registros e a hipótese de longitudes preferenciais seguidas pelo polo geomagnético virtual durante períodos de transição. Embora o estudo se concentre em possíveis vieses causados por artefatos de magnetização, ele fornece uma análise detalhada de eventos de inversão e excursão, que são relevantes para a compreensão da natureza das mudanças rápidas do campo magnético.
20. Geomagnetic reversal spurts and episodes of extraterrestrial catastrophism
•Autores: Poorna C. Pal, Kenneth M. Creer
•Publicação: Nature, Volume 320, Páginas 148–150, 13 de março de 1986
•Relevância: Este artigo explora a possibilidade de que a periodicidade de 26 a 32 milhões de anos em eventos de extinção e idades de astroblemas esteja ligada a episódios periódicos de bombardeio físico da superfície planetária, o que também afetaria as inversões geomagnéticas. Os autores encontram surtos na frequência de inversões geomagnéticas em intervalos de aproximadamente 30 milhões de anos, correlacionados com episódios catastróficos. Eles atribuem esses surtos a uma turbulência intensificada no núcleo da Terra durante episódios de bombardeio, sugerindo uma ligação entre eventos extraterrestres e as inversões do campo magnético.
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