Eunucos Nascidos, Feitos e Homossexualidade na Bíblia

 

Sodré GB Neto
Clinical Trial Coordinator
https://ensaiosclinicos.gov.br/rg/RBR-377gqvx 

 

Resumo: A Igreja cristã tem historicamente dedicado atenção e juízo desproporcionais à homossexualidade em comparação com outros comportamentos considerados pecaminosos, como arrogância, ofensas, egoísmo, glutonaria, avareza,  negligenciando até mesmo a promoção do materialismo através da teologia da prosperidade. O homossexualismo, juntamente com esses comportamentos, acaba servindo como bode expiatório para uma gama de transgressões consideradas erroneamente “menores”. Além disso, destacamos que deveria  pertencer a igreja uma  abordagem que  classifica homossexuais  em pelo menos três categorias: 1) fatores genéticos; 2) traumas e processos sociofamiliares; e 3) promiscuidade e prazer inconsequente, impedindo assim um tratamento diferenciado com cada caso, gerando imensa incomunicabilidade e sofrimento,  entre a Igreja e membros em diferentes categorias de homossexualidade.

A interpretação tradicional de passagens bíblicas, especialmente Romanos 1 e 1 Coríntios 6:10, tem influenciado essa visão distorcida. Ao reexaminar Romanos 1:18–32, confirmamos harmônica tanto com a ciência como também com critérios de exegética e hermenêutica, a proposta de Ed René Kivitz, que sugere que a crítica de Paulo se concentra na supressão da verdade divina, levando à idolatria e à corrupção moral. A literatura científica e os ensinamentos de Jesus apontam para um modelo multifatorial da orientação sexual, que considera influências genéticas e socioambientais sem determinismo exclusivo.

O homossexualismo pode se manifestar 1) desde o nascimento, alinhando-se à afirmação de Jesus sobre eunucos (lembrando a alta similaridade entre o universo  “eunuco” e “homoafetivo” ); 2) em situações traumáticas e socioambientais; e 3) na promiscuidade de indivíduos que buscam prazeres considerados proibidos. A  perspectiva teológica sugere que aqueles que se abstêm do sexo, é que fazem de si mesmos, eunucos; mesmo assim,  ressalta casos de nascimento e casos onde foram forçados a se tornarem eunucos por meio da castração involuntária.

Conclui-se que uma hermenêutica responsável e fiel  ao texto bíblico, harmonizar-se-á com a ciência e a teologia, e ser guiada pelo amor cristão, minimizando danos sociais e promovendo uma compreensão individualizada das histórias de cada pessoa.

Palavras‑chave: Romanos 1; hermenêutica; orientação sexual; neurociência; genética; epigenética; pastoral, Ed Renê Kivitz

Resumo orgininal
Resumo: O homossexualismo segundo a ciência,  se manifesta 1) desde o nascimento,   o que se harmoniza teologicamente com  Jesus que declarou “há homens que nasceram eunucos”; 2) em situações em geral traumaticas sócio ambientais (“há homens que os homens os tornaram eunucos”); e por fim 3) em homens e mulheres que a si mesmo não se privam de certos prazeres considerados proibidos. A Igreja cristã em geral , tem considerado de forma extrema e desproporcional  para com outros “pecados” e tem considerado de forma generalizada num mesmo pacote,  1) situações genéticas , 2) situações traumaticas de processo socio-familiar e 3) situações de promiscuidade e prazer inconsequente . Parte desta escala de valores e juizo de valor, advem da interpretação identificada como falha e enviesada,  do final da carta aos  Romanos capítulo 1 e carta aos  Corintios 6:10 (que se traduz por afeminados).  Portanto reexaminamos Romanos 1:18–32 confirmando a  proposta hermenêutica e exegética de Ed René Kivitz,  e integramos aqui  evidências contemporâneas das neurociências, endocrinologia pré‑natal, genética e epigenética acerca da orientação sexual, as quais combinam com suas reinterpretações puramente hermenêuticas e exegéticas. A leitura contextual de Paulo revela que a sua principal crítica recai sobre a supressão da verdade do Criador e a consequente substituição manifestada na idolatria a natureza, como resultados de perversão morais generalizadas. Paralelamente, tanto a literatura científica, quanto Jesus ,  apontam para um modelo multifatorial na determinação da orientação sexual, com contributos genéticos e sócio-ambientais plausíveis, sem determinismo unívoco (de apens um significado e causa etiologica). Conclui‑se que uma hermenêutica responsável deve preservar fidelidade textual, as quais se harmonizam com perspectiva cientifica, teologica  e  sobretudo com a perpectiva da tolerância e do amor cristão, minimizando danos e tensão sociais.

Introdução

A premissa “perda da gloria do caráter divino e sua recuperação somente em Cristo” constitui o ponto de partida para interrogar a relação entre interpretação bíblica, práticas eclesiais e evidências científicas sobre a sexualidade humana. Em Gênesis esta gloria é descrita que fez Deus (homem e mulher) a sua imagem, ou seja, se observarmos bem homem e mulheres comuns trazem apenas metade desta  gloria divina imitada quando fomos feitos, homem e mulher,  a sua imagem , e que só pode existir por completo na união e fusão do casal. Mas certos homens e mulheres parecem trazer tanto a mentalidade masculina quanto feminina (androginia[107]), e demonstram ter capacidade de dialogar com os dois mundos; portanto são pessoas especialíssimas e detentoras de qualidades mais amplas que as comuns.

Mas , o certo é , que tanto normais quanto especiais, perderam a gloria divina segundo Gênesis e a interpretação bíblica. De forma que ambos passaram a expressar perversões, cada qual, de forma diferenciada.

Em contextos de secularização e debates éticos, torna‑se metodologicamente necessário confrontar leituras tradicionais de Romanos 1:18–32 com estudos linguísticos, históricos e científicos, buscando uma resposta pastoral que preserve coerência teológica cristã, exegética e hermenêutica, e respeite do propósito amplo e não restrito a algumas áreas, da restauração necessária da  dignidade do homem e mulher feitos a imagem de um Deus manso, humilde, misericordioso, bondoso, generoso, sensível, justo, pois  este é também um dos objetivos divino pelo qual ele tem feito extremo esforço e sacrificio. Este artigo tem três objetivos: (i) reavaliar o sentido de Romanos 1:18–32 a partir de uma análise exegética contextualizada demonstrando se tratar de restauração da humanidade para que ela não caia nos mais variados tipos de pecados e vergonhas ; (ii) sintetizar as principais evidências científicas sobre determinantes da orientação sexual mostrando no mínimo 2 campos mais situacionais (genético e processos psicológicos sócio ambientais) e apenas 1 campo denominado promiscuo e  de prazer hedonista , neste caso, bastante inconsequente; (iii) refletir sobre implicações teológicas , pastorais e da igreja em geral , que acreditamos que se incorporar uma visão mais ampla de pecado e de homossexualidade , melhorará o trato consigo mesma e em especial com homoafetivos .

Metodologia

Adotou‑se abordagem interdisciplinar: (a) análise exegética do texto bíblico grego e das suas variantes, com atenção ao uso de termos-chave (p.ex. physis / para physin); (b) revisão crítica da literatura científica — priorizando artigos peer‑reviewed e revisões de alto impacto em neuroanatomia, neuroimagem, endocrinologia pré‑natal, genética e epigenética; (c) integração hermenêutica entre dados exegéticos e científicos para extrair implicações pastorais fundamentadas.

Leituras históricas e linguísticas de Romanos 1:18–32

Romanos 1 inicia a argumentação paulina sobre a universalidade do pecado, sustentando que a ira de Deus é revelada contra a impiedade de quem “suprime a verdade” (1:18). A sequência argumentativa articula revelação natural (theologia natural) e a resposta humana: recusa de louvor, idolatria e a consequente “entrega” (paredoken) por parte de Deus (1:24, 26, 28) ás consequências imorais do homem e mulher sem a gloria divina. O termo παρὰ φύσιν (para physin) admite leituras contextuais múltiplas — moral, social e funcional — que no ambiente greco‑romano não se reduzem necessariamente a uma norma biológica universal; em outros usos paulinos (p.ex. Rom 11:24) o termo tem aplicação metafórica, o que aconselha cautela interpretativa [1–5].

A reinterpretação de Ed René Kivitz
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Kivitz defende que traduções e leituras isoladas de Romanos 1:26–27 e a má tradução de 1 Corintios 6 quando estaca generalizadamente “afeminados” quando a palavra “malakós” que abrange sentidos como  “macio”, “delicado” (referindo-se à vestimenta) quanto “frouxo”, “sem força moral”, ou o parceiro passivo em atos sexuais (que era usado para homens comandados por mulheres e que na relação sexual ficavam por baixo),   têm sido instrumentalizadas para condenar homossexualidades em termos absolutos e específicos sem tal abrangência, desconsiderando o foco paulino na idolatria e na degradação moral geral. Ed Renê Kivits e outros, apresentam como prova deste foco mais específico na homossexualidade, o fato da igreja , sob tal interpretação, refletir uma repugnância gigantesca ao homossexualismo enquanto reflete uma conivência gigantesca para com uma lista de pecados também elencados.  Para piorar a situação, ainda se destaca a falta flagrante de distinção entre “condição” (orientação intrínseca) e “promiscuidade” (comportamento imputável) chama a atenção para a necessidade de discernir predisposições não voluntárias de práticas eticamente avaliáveis, postulando prudência pastoral ao tratar pessoas cuja orientação pode ser intrínseca ou fruto de trajetórias complexas [6–8].

Eunucos e Indivíduos Homossexuais: Convergências Biológicas, Psicossociais e Comportamentais

“Porque há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais;
e há outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus
.
Quem é apto para o admitir admita.” Mateus 19:12-13

A sexualidade humana constitui fenômeno multifatorial, atravessado por determinantes biológicos, psicológicos e socioculturais. Eunucos — indivíduos submetidos à castração ou com características intersexuais que resultam em hipoandrogenismo — e pessoas homossexuais compartilham, sob distintos contextos históricos e biomédicos, vivências que permitem análises comparativas quanto às dimensões de identidade sexual e comportamentos associados. Embora a homossexualidade não se associe intrinsecamente à alteração gonadal, investigações genéticas, endócrinas e psicossociais indicam padrões de sobreposição nos mecanismos de construção da identidade sexual e nos efeitos das dinâmicas hormonais sobre cognição, desejo e comportamento [87,88,89].

Androginia Psicológica: Dimensões e Implicações para a Comunicação Interpessoal

A androginia psicológica, um conceito seminal introduzido por Sandra Bem (1974) [107], refere-se à integração de traços de personalidade e comportamentos estereotipadamente masculinos e femininos em um único indivíduo. Longe de ser uma ausência de identidade de gênero, a androginia representa uma flexibilidade comportamental que permite aos indivíduos adaptar-se a diversas situações sociais e comunicacionais de forma mais eficaz. Esta perspectiva desafia as dicotomias tradicionais de gênero, propondo que a coexistência de características instrumentais (associadas à masculinidade, como assertividade e independência) e expressivas (associadas à feminilidade, como sensibilidade e empatia) confere uma vantagem adaptativa significativa. Bem (1975) [108] argumentou que indivíduos andróginos são mais flexíveis em seu comportamento, adaptando-se melhor a diferentes contextos e interações.

Fundamentos Neurológicos da Flexibilidade Comportamental

A capacidade de dialogar eficazmente com diferentes “mundos” comunicacionais, característica dos indivíduos psicologicamente andróginos, encontra sustentação em complexos mecanismos neurobiológicos. A Teoria da Mente (ToM), definida como a capacidade cognitiva de atribuir estados mentais (crenças, intenções, desejos) a si mesmo e aos outros, é crucial para a compreensão e previsão do comportamento alheio [109]. Complementarmente, a empatia, que envolve a capacidade de partilhar os estados afetivos de outros, permite uma ressonância emocional que aprofunda a conexão interpessoal. Shamay-Tsoory et al. (2009) [109] demonstraram uma dupla dissociação entre empatia emocional e cognitiva, sugerindo sistemas neurológicos distintos, mas complementares, para esses processos, com o giro frontal inferior e o córtex pré-frontal ventromedial desempenhando papéis chave.
A neuroplasticidade emerge como a base biológica fundamental que permite o desenvolvimento e aprimoramento dessas competências ao longo da vida. A neuroplasticidade é a capacidade do cérebro de se modificar estrutural e funcionalmente em resposta à experiência, ao aprendizado e ao ambiente [110, 111]. Esta capacidade permite que os neurônios se regenerem e formem novas conexões sinápticas, possibilitando a adaptação e a aquisição de novas habilidades comportamentais e comunicacionais [112]. Assim, a flexibilidade comportamental observada em indivíduos andróginos não é um traço inato, mas sim uma competência desenvolvível, moldada pela experiência e pela capacidade intrínseca do cérebro de se reorganizar.

Implicações para a Comunicação Interpessoal

A integração de traços masculinos e femininos na androginia psicológica tem profundas implicações para a comunicação interpessoal. Indivíduos andróginos demonstram uma maior inteligência emocional, definida por Goleman (1995) [113] como a capacidade de perceber, compreender e gerir as emoções próprias e alheias para adaptar a comunicação. Esta habilidade permite-lhes navegar em interações sociais com maior sensibilidade e eficácia, ajustando o seu estilo comunicacional às necessidades e expectativas do interlocutor, independentemente do seu gênero.
A pesquisa tem consistentemente associado a androginia a uma maior competência interpessoal e a interações sociais mais fluidas. Por exemplo, estudos clássicos como o de Ickes e Barnes (1978) [114] mostraram que díades com pelo menos um indivíduo andrógino interagiam de forma mais tranquila e envolvente. Blank (1984) [115] explorou a ligação direta entre a androginia e a competência interpessoal, sugerindo que a flexibilidade de papéis de gênero facilita a adaptação a diferentes dinâmicas relacionais. A capacidade de expressar tanto assertividade quanto empatia, por exemplo, permite que o indivíduo andrógino seja eficaz em situações que exigem liderança e decisão, bem como naquelas que demandam suporte e compreensão.

Desenvolvimento de Competências ao Longo da Vida

É crucial destacar que a androginia psicológica não é um estado fixo, mas uma competência desenvolvível. A neuroplasticidade cerebral oferece o substrato biológico para que as habilidades associadas à androginia, como a inteligência emocional, a Teoria da Mente e a empatia, possam ser aprendidas e aprimoradas continuamente. Através da experiência, da reflexão e da prática deliberada, os indivíduos podem expandir seu repertório comportamental e comunicacional, transcendendo as limitações impostas por estereótipos de gênero rígidos. Este processo de desenvolvimento contínuo contribui para uma maior adaptabilidade, bem-estar psicológico e eficácia nas interações sociais ao longo da vida [116, 117].

Dimensões genéticas

Estudos genômicos recentes identificaram múltiplos loci associados à orientação sexual em homens e mulheres, sugerindo que a homossexualidade é modulada por fatores genéticos poligênicos [87,88]. Entre esses, destacam-se regiões relacionadas à neurotransmissão dopaminérgica e à modulação da resposta hormonal, compatíveis com modelos neurobiológicos que preveem influência genética sobre a preferência sexual [93]. De modo paralelo, nos eunucos que passam por castração em diferentes estágios da vida, observa-se descompasso entre configuração genética (normalidade cromossômica XY) e expressão hormonal, resultando em trajetórias singulares de identidade e comportamento sexual [89,100]. A interação de fatores epigenéticos, como metilações associadas à sensibilidade androgênica, reforça a convergência conceitual entre ambos os grupos [95].

Dimensões endocrinológicas

O papel dos andrógenos na diferenciação do cérebro humano tem sido amplamente documentado [90,91,92]. Em eunucos, a supressão ou ausência de testosterona durante o desenvolvimento crítico acarreta alterações na morfologia hipotálamo-límbica e na função da aromatase, com impacto direto sobre o comportamento sexual e social [89,100]. Esses efeitos são comparáveis aos descritos em modelos animais, como em carneiros, nos quais a exposição ou ausência de hormônios gonadais modula a orientação de preferência sexual [94,101]. Em indivíduos homossexuais, diferentes estudos apontam vínculos entre exposição hormonal pré-natal (níveis relativos de testosterona e estradiol) e a configuração futura de padrões de desejo [90,96,104]. Assim, observa-se que, tanto por castração quanto por variações endócrinas intrauterinas, a endocrinologia exerce papel central na configuração da sexualidade [102,103].

Dimensões psicossociais

Em âmbito psicossocial, eunucos e homossexuais compartilham a experiência histórica de estigmatização e exclusão cultural [98,99,100]. Essa marginalização social influencia trajetórias identitárias, levando ao desenvolvimento de estratégias de resiliência e pertencimento comunitário [99,106]. A literatura psicológica demonstra que processos de construção identitária em ambos os grupos atravessam negociações contínuas entre marcadores biológicos e expectativas sociais, reforçando que a sexualidade é simultaneamente produto do corpo e da cultura [98,105].

Dimensões comportamentais

Do ponto de vista comportamental, eunucos tendem a apresentar graus reduzidos de desejo sexual em virtude da supressão androgênica prolongada [89,100]. Em contraste, homossexuais mantêm padrão de desejo equivalente ao de indivíduos heterossexuais, direcionado a parceiros do mesmo sexo [87,88,97]. Os estudos em espécies animais reforçam essa distinção ao demonstrarem que manipulações hormonais podem alterar intensidade, mas não necessariamente direção da preferência sexual [94,101]. Apesar da divergência, há convergência no que se refere à reconfiguração de papéis de gênero e à adaptação frente a normas culturais [95,98].

Conclusão Analítica

A análise comparativa entre eunucos e indivíduos homossexuais revela convergências nos níveis genético, hormonal, psicossocial e comportamental, ainda que motivadas por mecanismos distintos. Nos eunucos, predominam os efeitos secundários da ausência ou supressão de andrógenos ao longo da vida, enquanto na homossexualidade emergem trajetórias moduladas por variantes genéticas e exposição intrauterina. Ambos exemplificam a plasticidade da sexualidade humana como resultado da interação entre biologia, psicologia e contexto social [87–106]. Essas evidências contribuem para a compreensão interdisciplinar da diversidade sexual, ampliando perspectivas sobre saúde, inclusão e respeito às múltiplas expressões da identidade.

Evidência científica sobre a orientação sexual — síntese crítica

Neuroanatomia e neurofisiologia

Estudos pioneiros (LeVay, 1991) identificaram diferenças médias no INAH3 entre homens heterossexuais e homens autodeclarados homossexuais, sugerindo substrato neuroanatômico, com limitações metodológicas [9]. Investigações de neuroimagem funcional (Savic et al.) relataram padrões de assimetria cerebral e respostas a estímulos olfativos/feromonal‑como associadas à orientação, mas os achados são estatísticos, com elevada sobreposição interindividual e questões de replicabilidade [10–12].

Endocrinologia pré‑natal

Dados convergentes sustentam que exposições hormonais pré‑natais (níveis de andrógenos, sensibilidade dos receptores) participam da organização neural em janelas sensíveis, influenciando predisposições subsequentes; contudo, extrapolações diretas para orientações individuais carecem de confirmação definitiva [13–16].

Genética e epigenética

A literatura genética atual descreve uma arquitetura poligénica: estudos de gêmeos e GWAS mostram contribuição hereditária parcial e múltiplas variantes de efeito pequeno identificadas por grandes estudos; explicam apenas uma parcela da variação fenotípica [17–20]. Modelos epigenéticos propõem marcas pré‑natais que mediam interações gene‑ambiente; a hipótese é plausível e geradora de predições testáveis, mas exige replicações robustas em humanos [21–23]. A afirmação de que não existe “um único gene associado à homossexualidade” divulgada pela BBC,  é enganosa, pois é correta em seu sentido literal, mas insuficiente como conclusão sobre a contribuição biológica para a orientação sexual. A literatura cumulativa [34-48] indica que a orientação sexual é um traço complexo, influenciado por múltiplos fatores geneticamente mediados e por processos não-genéticos que interagem ao longo do desenvolvimento. Estudos clássicos de heritabilidade (estudos de gêmeos e familiares) mostram estimativas consistentes de contribuição genética parcial. Investigações de associação genômica abrangente (GWAS) têm identificado variantes com efeitos modestos distribuídos por todo o genoma, compatíveis com um modelo poligênico. Adicionalmente, estudos neuroanatômicos e neurofuncionais reportaram diferenças regionais e padrões de ativação correlacionados com orientação sexual, o que pode refletir variações na organização neural precocemente estabelecida. Mecanismos como exposição hormonal pré-natal e regulação epigenética oferecem vias plausíveis para mediar como variações genéticas e ambientais se traduzem em trajetórias de desenvolvimento cerebral. Metodologias que ignoram heterogeneidade fenotípica, interações e regulação epigenética certamente subestimam a contribuição biológica. Portanto, interpretar um único estudo negativo para um efeito de grande porte como prova da ausência de influência genética é metodologicamente inadequado e não reflete o estado atual da evidência.

Fatores psicossociais

Estudos epidemiológicos mostram maior prevalência de experiências adversas na infância entre pessoas LGBQ+, e associações entre dinâmicas familiares e trajetórias psicossociais; contudo, associação não implica causalidade, e muitos estudos têm desenho retrospectivo sujeito a vieses [24–28].

Diálogo entre exegese e ciência

A leitura contextual de Romanos 1 (como crítica da idolatria e da perversão moral generalizada) e a ciência contemporânea (que aponta para influência multifatorial na orientação sexual) convergem para a recomendação hermenêutica de distinguir condição de prática, evitando juízos morais indiscriminados sobre orientações possivelmente não voluntárias. Tal aproximação requer humildade hermenêutica e compromisso com a verdade investigativa.

Implicações pastorais e éticas

Um modo pastoral responsável inclui acolhimento, formação de lideranças, apoio psicológico e comunitário, e políticas que minimizem danos causados por exclusão. Práticas que confundem identidade intrínseca com escolha moral podem produzir danos significativos (saúde mental, estigma). A defesa da dignidade humana exige que comunidades teológicas alimentem um diálogo informado com as ciências e a legislação de direitos humanos [29–36].

Reinterpretação de Sodoma e Gomorra: Aspectos Teológicos e Evidências Arqueológicas

A narrativa bíblica de Sodoma e Gomorra, particularmente o episódio de Gênesis 19 envolvendo Ló e seus visitantes, tem sido tradicionalmente interpretada como uma condenação da homossexualidade. Contudo, uma análise exegética e contextual mais aprofundada, alinhada com a compreensão das normas culturais do Antigo Oriente Próximo, sugere que o cerne da transgressão sodomita residia na flagrante violação das leis de hospitalidade e na manifestação de violência e dominação [49, 50]. O termo hebraico yada’ (“conhecer”), empregado na demanda dos homens de Sodoma, neste contexto, é interpretado como uma intenção de humilhação e subjugação, e não de um desejo sexual consensual [51]. A hospitalidade era um dever social e religioso primordial, e sua quebra representava uma grave ofensa moral e social [52, 53]. A oferta de Ló de suas filhas, embora chocante, pode ser vista como uma tentativa desesperada de proteger seus hóspedes, cumprindo o sagrado código de hospitalidade [54].
Profetas posteriores, como Ezequiel (16:49-50), corroboram essa reinterpretação ao listar os pecados de Sodoma como orgulho, fartura, negligência dos pobres e a prática de “abominações”, sem especificar a homossexualidade como o pecado central [55, 56]. Essa perspectiva enfatiza a injustiça social e a falta de compaixão como as transgressões primárias.
Paralelamente, a pesquisa arqueológica e geológica tem buscado evidências físicas da destruição de cidades na região do Mar Morto. Sítios como Tall el-Hammam, no Vale do Jordão, revelaram uma destruição súbita e intensa por um evento de alta temperatura por volta de 1650 a.C., consistente com uma explosão aérea cósmica [57, 58]. Camadas de carvão, cinzas e cerâmica derretida indicam um evento catastrófico de grande escala [59]. Estudos geológicos também identificaram depósitos de betume e enxofre, alinhados com as descrições bíblicas de “enxofre e fogo” (Gênesis 19:24) [60]. A região é geologicamente ativa, mas a natureza da destruição em Tall el-Hammam sugere um evento cósmico, distinto de fenômenos sísmicos ou vulcânicos típicos [61]. O abandono prolongado da área após a destruição também é consistente com os relatos bíblicos [62].
Em suma, a análise interdisciplinar da narrativa de Sodoma e Gomorra aponta para uma compreensão dos pecados das cidades focada na injustiça social e na violação da hospitalidade, enquanto as evidências arqueológicas e geológicas fornecem um substrato para a historicidade de um evento destrutivo, sem, contudo, elucidar as motivações teológicas.

Perigos do Sexo Anal na Transmissão de Doenças Sexualmente Transmissíveis

A prática do sexo anal, embora seja uma forma comum de expressão sexual, está associada a um risco significativamente elevado de transmissão de diversas infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) em comparação com outras práticas sexuais [63, 64]. A vulnerabilidade do tecido retal, que é mais delicado e propenso a microlesões do que o tecido vaginal, facilita a entrada de patógenos na corrente sanguínea e nos tecidos subjacentes [65]. Esta seção abordará os principais perigos associados ao sexo anal na transmissão de ISTs, incluindo infecções virais, bacterianas e parasitárias, com base em evidências científicas recentes.

Infecções Virais

O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é uma das ISTs mais preocupantes transmitidas através do sexo anal. A mucosa retal é rica em células-alvo para o HIV, como linfócitos T CD4+, e a fragilidade do epitélio retal aumenta a probabilidade de microtraumas durante a relação sexual, criando portas de entrada para o vírus [66, 83]. Estudos demonstram que o sexo anal receptivo sem preservativo é a prática sexual de maior risco para a transmissão do HIV [66, 83].
O Vírus do Herpes Simples (HSV), particularmente o HSV-2, é frequentemente transmitido através do sexo anal, causando herpes anal. As lesões herpéticas no ânus e reto podem ser dolorosas e aumentar o risco de transmissão de outras ISTs, incluindo o HIV [78, 80]. A infecção por HSV é crônica e pode apresentar recorrências, tornando a área perianal uma fonte contínua de infecção [80].
O Papilomavírus Humano (HPV) é outra infecção viral comum transmitida pelo sexo anal, sendo a principal causa de verrugas anais e câncer anal [67, 76]. A prevalência de infecção anal por HPV é alta em indivíduos que praticam sexo anal, e a coinfecção com HIV pode acelerar a progressão para lesões pré-cancerígenas e câncer [67, 76].
As Hepatites Virais, como a Hepatite B (HBV) e a Hepatite C (HCV), também podem ser transmitidas através do sexo anal, especialmente em populações de alto risco, como homens que fazem sexo com homens (HSH) [70, 71]. A transmissão ocorre através do contato com sangue ou fluidos corporais infectados, facilitado por microlesões retais [70, 71].

Infecções Bacterianas

A Gonorreia (Neisseria gonorrhoeae) e a Clamídia (Chlamydia trachomatis) são infecções bacterianas comuns que afetam o reto, frequentemente de forma assintomática, o que dificulta o diagnóstico e o tratamento precoce [68, 69, 75]. A transmissão retal ocorre principalmente através do sexo anal, e a presença dessas infecções pode aumentar a suscetibilidade a outras ISTs [68, 69, 75].
A Sífilis (Treponema pallidum) é outra IST bacteriana que pode ser transmitida pelo sexo anal. As lesões sifilíticas (cancros) podem aparecer na região anal ou retal, muitas vezes confundidas com outras condições, o que atrasa o diagnóstico. A sífilis não tratada pode levar a complicações graves em múltiplos órgãos [72].
O Linfogranuloma Venéreo (LGV), causado por sorovares específicos de Chlamydia trachomatis, é uma infecção que afeta os gânglios linfáticos e pode causar proctite grave e sintomas anorretais em indivíduos que praticam sexo anal receptivo [77].
O Mycoplasma genitalium (MG) é uma bactéria emergente que causa uretrite e cervicite, mas também tem sido associada a infecções retais, especialmente em homens que fazem sexo com homens (HSH) [81]. A infecção retal por MG pode ser assintomática, mas pode contribuir para a inflamação e aumentar o risco de transmissão de outras ISTs [81].

Infecções Parasitárias

A Tricomoníase, causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, é classicamente associada à infecção vaginal, mas estudos recentes têm demonstrado sua presença e transmissão retal, especialmente em homens que fazem sexo com homens (HSH) [82]. Embora a infecção retal por T. vaginalis seja menos comum, ela pode ocorrer e contribuir para a inflamação local, aumentando a vulnerabilidade a outras ISTs [82].
A Giardíase (Giardia lamblia) e a Amebíase (Entamoeba histolytica) são infecções parasitárias intestinais que podem ser transmitidas através do sexo anal-oral, devido ao contato com material fecal contaminado [73, 74]. Embora não sejam consideradas ISTs clássicas, a prática do sexo anal-oral aumenta significativamente o risco de transmissão dessas parasitoses [73, 74].
O sexo anal apresenta um risco elevado para a transmissão de uma ampla gama de infecções sexualmente transmissíveis, incluindo HIV, HSV, HPV, HBV, HCV, gonorreia, clamídia, sífilis, LGV, Mycoplasma genitalium, tricomoníase, giardíase e amebíase [63, 64, 84, 85, 86]. A fragilidade da mucosa retal e a presença de microlesões facilitam a entrada de patógenos, tornando esta prática sexual particularmente vulnerável à transmissão de ISTs. A conscientização sobre esses riscos, o uso consistente e correto de preservativos, a testagem regular e o tratamento adequado são cruciais para a prevenção e controle dessas infecções. É fundamental que profissionais de saúde abordem abertamente a questão do sexo anal e seus riscos associados, oferecendo aconselhamento e recursos para promover práticas sexuais mais seguras.

Limitações e direções futuras

Limitações hermenêuticas: leituras de textos antigos aplicadas a realidades modernas dependem de pressupostos interpretativos. Limitações científicas: muitos estudos são transversais, com amostras limitadas e definições fenotípicas variáveis. Recomenda‑se pesquisa longitudinal multidisciplinar integrando genética, epigenética, endocrinologia pré‑natal e desenvolvimento psicossocial, bem como estudos pastorais avaliando modelos de acolhimento.

Conclusão

Romanos 1, lido em seu contexto, denuncia sobretudo, a perda da gloria divina, o não reconhecimento de Deus como caminho,  a idolatria da natureza e si mesmo,  e as consequências da supressão da verdade; e não constitui, por si só, argumento científico acerca dos determinantes da orientação sexual. As evidências científicas contemporâneas sustentam um quadro multifatorial de determinação da orientação sexual. Uma teologia responsável deve, por isso, conjugar fidelidade textual, diálogo crítico com a ciência e práticas pastorais compassivas que afirmem a dignidade de todas as pessoas e reduzam danos.

Tabela — Evidências científicas (síntese)

Estudo Amostra Metodologia Principais achados Principais limitações
LeVay (1991) ≈41 cérebros masculinos postmortem (homossexuais, heterossexuais, mulheres) Anatomia comparativa do INAH3 INAH3 menor em homens homossexuais; aproximação ao tamanho feminino Amostra pequena; seleção por causa de morte; causalidade indeterminada
Savic et al. (2005) Adultos (homens gays, heterossexuais) PET resposta a compostos odoríferos (AND) Ativação hipotalâmica em homens gays semelhante a mulheres heterossexuais Amostra limitada; interpretação de “feromônios” controversa
Savic & Lindström (2008) Adultos (vários grupos) PET + MRI — assimetria e conectividade funcional Diferenças estatísticas na assimetria relacionadas à orientação Alta sobreposição individual; replicabilidade
Ganna et al. (GWAS, 2019) >470.000 participantes (auto‑relato) GWAS — associação genômica ampla Vários loci de pequeno efeito; arquitetura genética complexa Fenótipo heterogéneo; efeito pequeno por variante
Zietsch et al. (2012) Grandes coortes de gêmeos Modelagem de heritabilidade Contribuição genética parcial/moderada Variação entre estudos; definição fenotípica
Blanchard (meta) Revisões/meta‑análises; milhares Meta‑análise (fraternal birth order) Número de irmãos biológicos masculinos correlaciona com maior probabilidade de homens serem gays Mecanismo imunológico em debate; não explica totalidade
Hines (2011) Revisão Revisão sobre efeitos endócrinos pré‑natais Evidências de influência androgénica pré‑natal na organização sexual Marcadores indiretos; extrapolação animal → humano limitada
Rice (2012) / Ngun et al. (2014) Modelos teóricos e dados iniciais Propostas epigenéticas Marcas epigenéticas pré‑natais como mediadoras plausíveis Hipóteses em desenvolvimento; replicação limitada
Swaab / follow‑ups Revisões e comentários Revisão literária Suporte parcial a substrato biológico; ressalvas metodológicas Heterogeneidade metodológica
Roberts et al. (2013) Estudos populacionais Modelos estatísticos Associação maltreatment → relato de orientação não heterossexual Causalidade reversa possível; vieses retrospetivos
Berglund et al. (2006) Adultos Neuroimagem olfativa Diferenças na ativação por estímulos olfativos associadas à orientação Interpretação de odores como feromônios controversa
Meta/rev. contemporâneas Revisões Síntese multidisciplinar Apoio à visão multifatorial (genes, hormonas, epigenética, ambiente) Heterogeneidade de estudos; necessidade de dados longitudinais

 

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