50+ Semelhanças em Técnicas de Construção Antiga Espalhadas pelo Mundo

Avaliação Científica das Semelhanças na Alvenaria Poligonal do Peru e da Turquia: Uma Perspectiva de Difusão Global

Fatos

50+ Semelhanças em Técnicas de Construção Antiga Espalhadas pelo Mundo

Esta lista detalhada compila semelhanças técnicas e conceituais observadas em estruturas antigas e megalíticas em diferentes continentes, que são frequentemente citadas para apoiar a hipótese de difusão global de conhecimento a partir de uma fonte comum.

I. Técnicas de Alvenaria e Encaixe (Megalitismo)

1.Alvenaria Poligonal a Seco: Uso de blocos de pedra de formato irregular encaixados sem argamassa (Peru, Turquia, Grécia, Itália).
2.Juntas Milimétricas: Precisão de encaixe entre blocos adjacentes, muitas vezes com juntas invisíveis (Peru, Egito, Ilha de Páscoa).
3.Blocos de Múltiplas Toneladas: Uso de pedras maciças (megálitos) que exigem engenharia avançada para transporte e posicionamento (Egito, Peru, Líbano – Baalbek, Inglaterra – Stonehenge).
4.Maçanetas/Protuberâncias: Protuberâncias semiesféricas em blocos de alvenaria, cuja função é debatida (Peru, Turquia – Prusias ad Hypium, Bolívia – Puma Punku).
5.Cantaria de Superfície Curva: Encaixe de blocos com superfícies de contacto curvas, não planas, para maior estabilidade (Peru – Sacsayhuamán).
6.Juntas Dentadas (Geared Joints): Blocos com reentrâncias e saliências para intertravamento horizontal (Turquia – Hattusa, Peru – estruturas pré-Incas).
7.Corte em Ângulo: Uso de blocos cortados em ângulos internos e externos precisos para formar cantos (Peru, Egito).
8.Ausência de Argamassa: Dependência exclusiva do peso e do encaixe para a estabilidade estrutural (Global).
9.Uso de Rochas Ígneas Duras: Preferência por materiais como granito, diorito e andesito, que são difíceis de trabalhar com ferramentas primitivas (Peru, Egito).
10.Blocos em Forma de “H”: Blocos de formato complexo, como os encontrados em Puma Punku (Bolívia), que se assemelham a encaixes de engenharia moderna.
11.Superfícies Polidas: Acabamento liso e polido em pedras de alvenaria de alta qualidade (Peru – Coricancha, Egito – revestimento das pirâmides).
12.Corte com Ferramentas Desconhecidas: Marcas de corte que sugerem o uso de ferramentas de precisão ou serras de grande porte (Egito, Peru).
13.Uso de Grampos Metálicos: Evidência de furos para grampos de metal (cobre ou ferro) para unir blocos (Grécia, Egito, Peru).
14.Almofadas (Bosses): Deixar uma porção da pedra em relevo (almofada) para facilitar o manuseio, que depois era removida ou deixada por estética (Peru, Egito).
15.Muros de Contenção em Terraços: Uso de alvenaria poligonal para criar terraços agrícolas ou defensivos em encostas (Peru, Mediterrâneo).

II. Conceção Arquitetónica e Simbolismo

1.Forma Piramidal: Construção de estruturas com base quadrada e faces triangulares convergindo para um ápice (Egito, Mesoamérica, China).
2.Orientação Cardeal: Alinhamento preciso das estruturas com os pontos cardeais (Egito – Pirâmides de Gizé, Mesoamérica – Pirâmide do Sol).
3.Orientação Astronómica: Alinhamento com solstícios, equinócios ou posições estelares específicas (Stonehenge, Chichén Itzá, Egito).
4.Câmaras Internas: Presença de câmaras e passagens internas complexas, muitas vezes com funções cerimoniais ou funerárias (Egito, Mesoamérica).
5.Uso de Falsos Arcos: Utilização da técnica de falsa abóbada (ou arco em consola) para cobrir espaços (Mesoamérica – Maias, Grécia – Micenas).
6.Construção em Plataformas: Edificação de templos ou estruturas importantes sobre plataformas elevadas (Mesoamérica, Mesopotâmia – Zigurates).
7.Simbolismo da Montanha: A pirâmide como representação da montanha primordial ou da ligação entre o céu e a terra (Egito, Mesoamérica).
8.Paredes Inclinadas: Uso de paredes com inclinação para dentro (talude) para aumentar a estabilidade sísmica e visual (Peru, Egito).
9.Sistemas de Drenagem Avançados: Incorporação de canais e sistemas de drenagem complexos nas fundações e estruturas (Peru – Machu Picchu, Roma).
10.Uso de Cores Vivas: Evidência de que as estruturas eram originalmente pintadas com cores brilhantes (Mesoamérica, Egito).

III. Conhecimento e Tecnologia

1.Conhecimento Geodésico: Alinhamentos de locais antigos que sugerem um conhecimento de geometria esférica e mapeamento global (Linhas de Ley, alinhamentos de Ollantaytambo).
2.Sistemas de Medição Comuns: Uso de unidades de medida que apresentam relações matemáticas (e.g., o “cúbito real” egípcio e suas correlações).
3.Conhecimento da Precessão: Evidências de que civilizações antigas tinham conhecimento do ciclo de precessão dos equinócios (Egito, Maias).
4.Metalurgia Avançada: Uso de ligas metálicas complexas (e.g., platina) em contextos que, teoricamente, não deveriam ter essa tecnologia (Peru – Cultura Moche).
5.Uso de Betão/Geopolímeros: Teorias de que o betão geopolimérico foi usado em vez de pedra natural em algumas construções (Egito – algumas pedras da pirâmide).
6.Sistemas de Escrita Pictográfica/Hieroglífica: Uso de sistemas de escrita baseados em imagens ou símbolos em vez de alfabetos (Egito, Maias, China).
7.Calendários Complexos: Desenvolvimento de calendários altamente precisos, como o Calendário Maia e o Egípcio.
8.Cirurgia Craniana (Trepanacão): Prática de cirurgia cerebral com altas taxas de sobrevivência (Peru, Europa Antiga).
9.Sistemas de Irrigação Sofisticados: Construção de canais e aquedutos complexos para gestão da água (Peru, Mesopotâmia, Roma).
10.Uso de Espelhos/Lentes: Descoberta de objetos que sugerem o uso de ótica avançada (Egito, Mesopotâmia).

IV. Detalhes de Engenharia e Acabamento

1.Cortes Precisos em Linha Reta: Cortes de pedra com superfícies perfeitamente planas e ângulos retos, difíceis de obter sem serras mecânicas (Egito, Peru).
2.Furos Cilíndricos Profundos: Furos em pedra dura com paredes lisas, sugerindo o uso de brocas tubulares (Egito).
3.Polimento Interno: Polimento de superfícies internas de caixas e sarcófagos de pedra dura (Egito).
4.Blocos de Encaixe: Uso de blocos com encaixes de macho e fêmea para interligação (Peru, Bolívia).
5.Tolerância Zero: A ausência de folga entre os blocos, impedindo a inserção de uma lâmina de barbear (Peru – Coricancha).
6.Uso de Rampas: Evidência de construção de rampas complexas para elevar blocos (Egito).
7.Fundação Sólida: Preparação meticulosa da fundação, muitas vezes escavando até à rocha-mãe (Egito, Peru).
8.Câmara de Ressonância: Estruturas projetadas para criar efeitos acústicos ou de ressonância (Mesoamérica – Chichén Itzá).
9.Pedras de Canto: Uso de pedras de canto especialmente grandes e bem trabalhadas para estabilizar a estrutura (Peru, Turquia).
10.Blocos de Transição: Uso de blocos que fazem a transição entre diferentes estilos de alvenaria (Peru).
11.Uso de Terraços: Nivelamento de grandes áreas através de terraços para construção (Peru, China).
12.Sistemas de Quilha: Blocos de fundação com uma quilha para encaixar no solo (Puma Punku).
13.Acabamento em Chanfro: Bordas dos blocos ligeiramente chanfradas para evitar lascamento (Egito, Peru).
14.Uso de Pedras de Sacrifício: Pedras colocadas em locais estratégicos para absorver tensão (teoria aplicada a algumas estruturas Incas).
15.Construção em Módulos: Repetição de módulos de construção ou de design (Mesoamérica, Egito).
16.Corte com Precisão Ótica: Superfícies de pedra que parecem ter sido cortadas com precisão que só pode ser verificada com instrumentos óticos (Egito).
17.Simetria Perfeita: Construções que exibem simetria bilateral ou radial quase perfeita (Egito, Peru).
18.Uso de Obeliscos: Monólitos altos e finos, muitas vezes com inscrições, erguidos em locais de culto (Egito, Etiópia).
19.Câmaras Subterrâneas: Construção de vastos complexos subterrâneos ou túneis (Egito, Malta).
20.Conhecimento de Hidráulica: Sistemas de aquedutos e fontes que demonstram um domínio da pressão e do fluxo da água (Roma, Peru).
Esta lista demonstra que as semelhanças entre o Peru e a Turquia não são incidentes isolados, mas parte de um padrão global de técnicas de construção avançadas que se manifestam em culturas supostamente isoladas, apoiando a tese de um legado tecnológico comum disperso pelo mundo.

Introdução

A alvenaria poligonal, uma técnica de construção que utiliza blocos de pedra de formato irregular encaixados com precisão notável sem o uso de argamassa, é um fenómeno arquitetónico que desafia as explicações convencionais. As semelhanças entre as estruturas megalíticas encontradas no Peru (e.g., Sacsayhuamán, Coricancha), atribuídas aos Incas, e as da Anatólia, na atual Turquia (e.g., muralhas Hititas de Hattusa, fortificações Lícias), são particularmente intrigantes [1, 2].
O modelo histórico-arqueológico dominante explica estas semelhanças como “convergência tecnológica”, sugerindo que sociedades separadas por milénios e continentes desenvolveram a mesma solução de forma independente. Contudo, esta análise propõe uma avaliação alternativa baseada no modelo criacionista de tempo curto, que oferece uma explicação mais coesa para a distribuição global desta tecnologia avançada: a difusão tecnológica a partir de uma fonte comum num período pós-diluviano, quando as distâncias geográficas eram significativamente menores.

A Semelhança Inexplicável: Mais do que Convergência

A tabela abaixo resume as semelhanças técnicas que unem a alvenaria do Peru e da Turquia.
Característica
Peru (Inca)
Turquia (Hitita/Lícia)
Semelhança Técnica Central
Estilo Principal
Alvenaria Poligonal (Aparelho Celular)
Alvenaria Poligonal (Ciclópica)
Uso de blocos de pedra de formato irregular.
Uso de Argamassa
Ausente (Alvenaria a Seco)
Ausente (Alvenaria a Seco)
Encaixe preciso como elemento de coesão.
Precisão do Encaixe
Extremamente alta (juntas milimétricas)
Alta (juntas apertadas)
Demonstração de alta perícia em cantaria.
Função Estrutural
Muros de contenção, templos, fortalezas.
Fortificações, muralhas de cidades.
Utilização em estruturas de engenharia crítica.
Resistência Sísmica
Alta (o encaixe permite micro-movimentos).
Presumivelmente alta (característica inerente).
Solução de engenharia para forças laterais.
A explicação convencional de que a convergência tecnológica é a causa destas semelhanças falha em abordar a extrema precisão e os detalhes específicos da técnica. É plausível que diferentes culturas inventem a roda ou o arco, mas a replicação de uma técnica de encaixe de blocos de múltiplas toneladas com juntas milimétricas, separadas por 2.500 anos e 15.000 quilómetros, sugere um conhecimento partilhado e não uma invenção paralela [3].

O Modelo Criacionista de Tempo Curto e a Difusão Global

O modelo criacionista de tempo curto oferece um quadro alternativo para interpretar estas evidências, focando-se em dois pilares:

1. Continentes Unidos e Proximidade Geográfica

A geologia criacionista postula que a separação continental (deriva) ocorreu de forma rápida e catastrófica após o Dilúvio global, num período de tempo muito mais curto do que o proposto pela geologia uniformitarista. Neste cenário, as grandes massas de terra (semelhantes à Pangeia) estariam mais próximas no período imediatamente pós-diluviano.
Esta proximidade geográfica teria permitido uma comunhão de técnicas de construção por parte dos primeiros grupos populacionais que se dispersaram a partir de um ponto central (e.g., a Torre de Babel). A alvenaria poligonal, sendo uma tecnologia avançada, poderia ter sido um conhecimento partilhado e transportado por estes grupos, antes que a separação continental e o isolamento geográfico tornassem a comunicação transoceânica inviável [4].

2. Cronologia Comprimida e Conhecimento Antigo

A cronologia criacionista sugere que a idade da Terra e da civilização humana é medida em milhares de anos, e não em milhões. A diferença cronológica de 2.500 anos entre os exemplos Hititas (c. 1500 a.C.) e Incas (c. 1500 d.C.) é vista como uma variação dentro de um período histórico relativamente curto, onde o conhecimento de uma civilização-mãe altamente avançada (pré ou imediatamente pós-diluviana) foi preservado e replicado em diferentes locais.
A técnica de alvenaria poligonal, com a sua complexidade e eficácia sísmica, pode ser interpretada como um vestígio de uma tecnologia de engenharia superior que se perdeu ou se degradou ao longo do tempo, em vez de uma invenção ex nihilo pelos Incas.

Outras Semelhanças Globais que Desafiam a Convergência

A hipótese de difusão global é reforçada pela existência de outras semelhanças arquitetónicas e técnicas em locais distantes, que o modelo de convergência tem dificuldade em explicar:

A. As “Maçanetas Misteriosas” (Mystery Knobs)

As protuberâncias semiesféricas encontradas em muitos blocos de alvenaria poligonal Inca (Peru) também são observadas em estruturas megalíticas na Turquia (e.g., em Prusias ad Hypium) e noutros locais distantes como o Egito e a Ilha de Páscoa [5].
Característica
Peru (Inca)
Turquia (Prusias ad Hypium)
Outros Locais
Elemento
Protuberâncias semiesféricas (Maçanetas)
Protuberâncias semiesféricas (Maçanetas)
Egito, Ilha de Páscoa, Bolívia
Função Convencional
Auxílio no transporte ou posicionamento.
Desconhecida ou estética.
Desconhecida.
Interpretação Difusionista
Um padrão técnico ou estético partilhado, transmitido pela mesma tradição de construção global.
A replicação deste detalhe não-funcional (ou cuja função é debatida) em locais tão distantes é uma forte evidência de um conhecimento técnico comum que se dispersou globalmente.

B. Juntas Dentadas (Geared Joints)

A técnica de intertravamento avançado, como as juntas dentadas encontradas nas muralhas Hititas de Hattusa (Turquia), que aumentam a resistência ao cisalhamento, é uma sofisticação de engenharia que se manifesta em contextos distantes, como em certas estruturas pré-Incas no Peru. A complexidade destas juntas sugere um padrão de engenharia específico que não seria facilmente replicado por acaso ou por simples necessidade local.

Conclusão

As semelhanças na alvenaria poligonal entre o Peru e a Turquia, caracterizadas pela precisão milimétrica, ausência de argamassa e resistência sísmica, são notáveis. Enquanto a ciência convencional as atribui à convergência tecnológica, o modelo criacionista de tempo curto oferece uma explicação mais parcimoniosa: a difusão global de uma tecnologia avançada a partir de uma fonte comum, facilitada pela proximidade continental no período pós-diluviano.
A presença de detalhes técnicos idênticos e não-funcionais, como as “maçanetas misteriosas”, em locais separados por vastas distâncias geográficas e cronológicas, reforça a hipótese de um legado de engenharia partilhado que se espalhou pelo mundo antes do isolamento das civilizações.

Referências

[1] Facebook. (2024). Ancient walls of polygonal masonry in Turkey and Peru. The Beauty of Ancient Civilizations. (URL: ) [2] Facebook. (2024). Ancient stone masonry comparison between Cusco and Boğazkale. Archaeology, Art and Ancient Wonders. (URL: ) [3] Childress, D. H. (2000). Technology of the Gods: The Incredible Sciences of the Ancients. Adventures Unlimited Press. [4] Snelling, A. A. (2007). Earth’s Catastrophic Past: Geology, Creation & the Flood. Institute for Creation Research. [5] Reddit. (2022). Hoje vi as misteriosas maçanetas nas pedras do antigo teatro romano de Prusias ad Hypium (região do Mar Negro da Turquia), semelhantes às encontradas em…. (URL: )

Avaliação Científica das Semelhanças na Alvenaria Poligonal do Peru e da Turquia

Introdução

A alvenaria poligonal, caracterizada pelo uso de blocos de pedra de formato irregular encaixados com precisão sem o uso de argamassa, é uma técnica de construção notável que se manifestou em diversas culturas antigas. Uma das comparações mais intrigantes no campo da arqueologia e da engenharia civil histórica reside nas semelhanças morfológicas observadas entre as estruturas construídas pela civilização Inca, no Peru (e.g., Sacsayhuamán, Coricancha), e as encontradas em locais da Anatólia, na atual Turquia, como as muralhas Hititas de Hattusa ou as fortificações Lícias [1, 2].
O objetivo deste documento é realizar uma avaliação científica das semelhanças e diferenças técnicas entre a alvenaria do Peru e da Turquia, focando na convergência de soluções de engenharia em vez de pressupostos de contacto cultural direto.

A Alvenaria Poligonal: Convergência de Engenharia

A alvenaria poligonal a seco (dry-set polygonal masonry) é uma técnica de construção que exige um elevado grau de perícia em cantaria. A sua principal característica é o encaixe meticuloso de pedras com múltiplas faces e ângulos, resultando numa estrutura monolítica de grande solidez.
A semelhança entre os exemplos do Peru e da Turquia é primariamente morfológica e funcional. Em ambos os casos, a técnica foi empregada para criar estruturas de grande importância e durabilidade, muitas vezes em ambientes sujeitos a desafios ambientais. A ausência de argamassa e a precisão do encaixe são os pontos de maior convergência técnica [3].

Análise Comparativa das Técnicas de Alvenaria

A tabela abaixo detalha as principais semelhanças e diferenças técnicas e contextuais entre a alvenaria poligonal Inca (Peru) e a alvenaria poligonal Hitita/Lícia (Turquia).
Característica
Peru (Inca)
Turquia (Hitita/Lícia)
Semelhança Técnica Central
Estilo Principal
Alvenaria Poligonal (Aparelho Celular)
Alvenaria Poligonal (Ciclópica)
Uso de blocos de pedra de formato irregular.
Uso de Argamassa
Ausente (Alvenaria a Seco)
Ausente (Alvenaria a Seco)
Encaixe preciso como elemento de coesão.
Precisão do Encaixe
Extremamente alta (juntas milimétricas)
Alta (juntas apertadas)
Demonstração de alta perícia em cantaria.
Função Estrutural
Muros de contenção, templos, fortalezas.
Fortificações, muralhas de cidades.
Utilização em estruturas de engenharia crítica.
Resistência Sísmica
Alta (o encaixe permite micro-movimentos).
Presumivelmente alta (característica inerente).
Solução de engenharia para forças laterais.
Período Cronológico
Séculos XV – XVI d.C.
Séculos XV – XIII a.C. (Hitita) / Séculos VI – IV a.C. (Lícia).
Diferença cronológica de milénios.
Juntas Específicas
Uso de “maçanetas” (protuberâncias) em alguns blocos.
Uso de juntas dentadas (geared joints) em Hattusa.
Detalhes específicos de intertravamento.

Semelhanças Técnicas

As semelhanças mais significativas residem na função estrutural e na técnica de encaixe:
1.Alvenaria a Seco e Precisão: Em ambos os casos, a técnica de alvenaria a seco é levada a um nível de excelência, onde a precisão do corte e do polimento das pedras permite um encaixe tão apertado que a argamassa se torna desnecessária. Esta característica confere à estrutura uma estabilidade e durabilidade excecionais [4].
2.Resistência Sísmica: A alvenaria poligonal é reconhecida pela sua resiliência sísmica. O encaixe irregular e a ausência de argamassa permitem que a estrutura absorva e dissipe a energia dos sismos através de micro-movimentos entre os blocos, sem colapsar. Esta solução de engenharia parece ter sido desenvolvida de forma independente em regiões sismicamente ativas (Andes e Anatólia) [5].
3.Uso de Blocos Maciços: Ambas as culturas utilizaram blocos de pedra de grandes dimensões e peso, o que aumenta a inércia da parede e a sua resistência à compressão e ao tombamento.

Diferenças Técnicas e Contextuais

Apesar das semelhanças morfológicas, as diferenças contextuais e técnicas são cruciais para uma avaliação científica:
1.Cronologia e Geografia: A diferença mais evidente é a separação cronológica de mais de 2.500 anos entre os exemplos Hititas (c. 1500 a.C.) e os Incas (c. 1500 d.C.), bem como a separação geográfica transcontinental. Não existe qualquer evidência arqueológica ou histórica amplamente aceite que sugira contacto cultural ou difusão tecnológica entre as duas regiões [6].
2.Detalhes de Intertravamento: Embora ambas usem o intertravamento, os métodos variam. Os Incas são conhecidos pelas suas “maçanetas” (protuberâncias) em alguns blocos, cuja função exata ainda é debatida (transporte, posicionamento ou estética). Os Hititas, por outro lado, utilizavam juntas dentadas (geared joints) mais explícitas para aumentar o intertravamento horizontal dos blocos nas muralhas de Hattusa [2].
3.Acabamento Superficial: A alvenaria Inca de alta qualidade (Aparelho Celular) é frequentemente caracterizada por um polimento superficial e o uso de “almofadas” suaves, conferindo-lhe um aspeto mais refinado. A alvenaria poligonal Hitita/Lícia tende a ser mais rústica e ciclópica, com menor refinamento superficial.

Discussão Científica: Convergência Tecnológica

A explicação científica mais robusta para as semelhanças entre a alvenaria do Peru e da Turquia é a convergência tecnológica. Este conceito postula que diferentes sociedades, confrontadas com problemas de engenharia semelhantes e limitadas por materiais e ferramentas comparáveis (pedra e ferramentas de pedra/bronze), desenvolveram soluções estruturais análogas de forma independente.
No caso da alvenaria poligonal, o problema de engenharia era: Como construir uma estrutura de pedra extremamente estável e durável, capaz de resistir a sismos, sem o uso de argamassa?
A resposta, tanto para os Incas nos Andes quanto para os Hititas na Anatólia, foi o desenvolvimento de uma técnica que maximiza o contacto de superfície e o intertravamento mecânico entre blocos irregulares. A irregularidade das formas, ao contrário dos blocos retangulares, garante que cada pedra se encaixe como uma peça de um puzzle tridimensional, distribuindo as tensões de forma mais eficaz e impedindo o deslizamento ou o tombamento durante um evento sísmico [5].

Conclusão

As semelhanças entre a alvenaria do Peru e da Turquia são inegáveis e residem na adoção da técnica de alvenaria poligonal a seco, que resulta em estruturas de alta precisão, durabilidade e resistência sísmica. Estas semelhanças refletem uma solução de engenharia otimizada para o uso de pedra maciça em ambientes geologicamente ativos.
No entanto, a separação cronológica e geográfica de milénios e continentes, juntamente com as diferenças nos detalhes técnicos (e.g., juntas dentadas Hititas vs. maçanetas Incas), suporta a conclusão científica de que estas técnicas foram desenvolvidas de forma independente como um exemplo clássico de convergência tecnológica na história da arquitetura e engenharia antigas.

Referências

[1] Lapshin, R. V. (2021). Fabrication methods of the polygonal masonry of large tightly-fitted stone blocks with curved surface interfaces in megalithic structures of Peru. Preprints.org. (URL: https://www.preprints.org/manuscript/202108.0087/v9) [2] Facebook. (2024). Ancient stone masonry comparison between Cusco and Boğazkale. Archaeology, Art and Ancient Wonders. (URL: ) [3] Childress, D. H. (2000). Technology of the Gods: The Incredible Sciences of the Ancients. Adventures Unlimited Press. [4] Cuadra, C. (2021). Dynamic characteristics of Inca’s stone masonry. Masonry construction in active seismic regions. Elsevier. [5] Hinzen, K. G. (2017). Rectangular blocks vs polygonal walls in archaeoseismology. Semantics Scholar. [6] Facebook. (2024). Ancient walls of polygonal masonry in Turkey and Peru. The Beauty of Ancient Civilizations. (URL: )

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *